Ímpar. Primo. Especial. Único. Sete meses do resto de uma vida inteira que quero ao lado seu.
Com reticências. Sempre...
Ímpar. Primo. Especial. Único. Sete meses do resto de uma vida inteira que quero ao lado seu.
Com reticências. Sempre...
Eu sonhei que lhe entregava outra coisa. Que talvez, a essa altura, você saiba. Talvez não. Mas, por peça do destino, eis que meus planos deram errado. Ou melhor, não seguiram a ideia original. E quer saber? Eu acredito que nada seja por acaso. Por que isso seria?
A gente nunca sabe o que está para acontecer numa sexta-feira, às 23h43, num microblog famoso pelo humor duvidoso e rapidez com a qual o feed passa. A gente nunca sabe no que isso pode dar. A gente nunca espera, ou a gente espera demais. Não tem receita, né? Então, vou encarar o não acontecimento do sonho como algo tão natural como deve ser.
Em outros tempos, em outros momentos, em outras ocasiões, eu teria movido um mundo para essa tarde de quarta-feira. E talvez, algo dentro de mim, que tá sempre tão acostumada a dar, a prover, a movimentar, ache que eu devia ter feito tudo isso. Não pra te impressionar, porque eu confesso que tem muito pouco de mim que acredita que algo pudesse impressionar alguém. É, auto-estima, ou melhor, a falta dela, é mais um desses vários problemas que acometem mulheres, não é mesmo?
E aí, pela primeira vez, eu estou prestes a seguir o caminho até alguém ~~supostamente~~ de mãos abanando. Supostamente porque, pela primeira vez também, a sensação é de que eu tô indo bem inteira. Bem conectada com minha vontade, minha curiosidade, meu desejo de estar perto de você, te ver, te tocar, te conhecer.
Pode ser que tenha tudo sido um grande desastre e que você esteja lendo isso agora sem aquele sorrisinho bobo no rosto. Eu, verdadeiramente, espero que seja o contrário. E se eu der sorte, espero contar com a ajudinha do mesmo imprevisto e implacável destino que mencionei no início, espero que tenha um pouquinho do meu cheiro aí em você. Se não rolar, resquícios de boas memórias do dia 2 de setembro já bastam.
E bom, voltando a meu devaneio, se supostamente apareço para você de mãos vazias, na prática tento te entregar o que eu penso ser melhor em mim. Ou mais coerente comigo. Eis minhas palavras. Você, que já me leu um bocado, hoje, é a razão das linhas que foram e das que estão a seguir. Hoje, é o que eu tenho a lhe entregar... É pouco, mas é realmente sincero.
Segundo o Dicionário Oxford, "deriva" significa "medida do desvio em relação ao funcionamento normal que um aparelho ou instrumento passa a apresentar com o decorrer do tempo."
Na teoria literária, nos estudos teatrais e eu diria até filosóficos, a "deriva" é uma ferramenta que nos leva a desviar do momento vivido e nos levar para outra experiência. Seria como caminhar em uma rua do centro de Belo Horizonte e se imaginar ou se conectar com as ruas de outro lugar, tempo e espaço. E é exatamente esse o movimento que ensaio por aqui, se você me permite. Estou, antes mesmo de lhe ver e de saber como diabos será, imaginando você, lendo essas baboseiras todas, com um sentimento bom. Estive, desde que eu propus que nos encontrássemos fazendo o mesmo movimento de deriva: imaginando como seria, como eu te daria oi, como eu me comportaria do seu lado. Eu acho que posso dizer, sem medo de soar patética, que você, por algumas vezes, me roubou de mim. Levou meu pensamento pra perto de você, e olha que eu nem mesmo havia lhe visto!!! Mas o curioso quando eu penso isso é que eu sinto que, ao me apresentar à você, na verdade, eu me conectei à mim. A textos, a histórias, a fatos e principalmente sensações que eu não lembrava mais, não esperava sentir, revisitar, relembrar... E por isso, e por hoje - ainda sem saber ao certo como será/foi - eu quero agradecê-la. Por aquela sexta-feira, 23h43 num microblog, e por todos os dias que nos trouxeram até aqui.
É gostoso te conhecer.
E por fim, eu termino esse texto em reticências, o que quer dizer muita coisa...